segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Cap 2 - De volta para casa

No dia seguinte após ter dormido um pouco, acordei com uma baita dor nas costas e uma dor de garganta horrível, mas logo passou pois tomei um remédio caseiro que avisa naquela casa.
Quando me levantei e sai do quarto, a casa estava vazia, não havia sinal nenhum do cara, parecia que ele tinha desaparecido do nada, procurei pelos quartos, no banheiro, no quintal do fundo onde havia os zumbis pregados a arvore, e procurei ate no buraco, pensando que ele tinha caído lá dentro, mas não achei ele.
Eu simplesmente voltei pra dentro da casa e fui ate a sala, sentei no sofá e me deparei com um pequeno bilhete na parede;


CARA NÃO PUDE FICAR MAIS AQUI, FUI EMBORA ANDAR POR AI, VER SE ARRUMO ALGUMA MULHER, OU ALGO PRA ME ANIMAR MAIS, DEIXEI UM FACÃO NO MEU QUARTO E UMA ARMA COM 15 BALAS, FAÇA BOM USO DELAS, VAI PRA ONDE VC QUISER OU FIQUE AI SMMO, VC QUE SABE, O LOCAL É SEGURO. TALVEZ UM DIA NOS ENCONTRARMOS DE NOVO. FLW


Eu simplesmente parei em frente ao bilhete comecei a andar em direção ao quarto onde ele tinha dito que havia as armas, eu como nunca tinha pegado em uma arma na vida, fiquei olhando pra ela durante alguns segundos, e logo a guardei.
Peguei tudo que podia pegar, desde comida, algumas facas na cozinha, tudo que eu poderia usar, tinha uma velha lanterna no chão.
Quando vi que naquela casa não havia mas nada que eu pudesse aproveitar eu sai pra fora da casa, chegando no portão, eu vi que se eu saísse ali, seria como um suicídio, tinha muitas daquelas pessoas lá fora, e eu não teria como matar elas, na verdade não sabia se teria coragem de matar alguém, mesmo que fosse um...zumbi.
Resolvi voltar e fui ate o quintal do fundo, tinha a arvore e logo após uma casinha de cachorro abandonada, de onde podia subir nela e ir para o outro lote vizinho, e foi isso que eu fiz.
Subi na casinha e dei uma olhada por cima do muro para ver se não tinha nenhum perigo deu pular lá dentro, quando percebi que não tinha perigo algum, eu pulei o muro, o quintal era pequeno, com uma casinha pequena que parecia não morar ninguém, pois havia bastante capim ao redor dela.
Fui andando ate um corredor estreito que dava acesso ate a parte da frente do quintal, chegando lá, encontrei uma mochila que não parecia ser velha, estava novinha em folha, e quando abri, não acreditei no que vi ali dentro, tinha muita comida, e algumas coisas para ferimento, olhei em volta e não vi nada, peguei a mochila e fiquei segurando ela na mão, pois nas costas já estava a que eu havia trazido da casa de onde estava.
Quando me virei de costas para voltar a parte do fundo do quintal, ouvi uma voz vindo de dentro da casa;

-estou perto, não se preocupe, não saia daí, nem você, nem sua irmã.

Eu fiquei ali parado e fui ate a porta, quando ia pegando na maçaneta, a porta se abriu, não acreditei quando vi quem era, era meu amigo Ricardo, ele estava ali parado olhando pra mim também, e logo ele acabou com o silencio.

-porra, diz alguma coisa cara.

Eu simplesmente sorri e fui ao encontro dele.

-caraca mano, mas como você conseguiu chegar aqui mano?

-wai, eu tava vindo pra cá ontem a noite, quando um bando de doido correu atrás de mim, e eu entrei no mercado ali perto, onde o pessoal me arrumou uns alimentos e algumas coisinhas ate eu chegar na sua casa.

-vamos entrar, tenho muita coisa pra te contar vei. Puxei ele para dentro da casa e contei tudo o que estava acontecendo a ele.
Quando terminei de contar, foi como se eu já soubesse a reação dele, ele deitou e deu aquela risada dele.

-cara fudeu tudo então, você que sempre quis que a terra fosse coberta de zumbis, agora esta vivendo o inferno de verdade.

E continuou a rir sem parar, enquanto eu olhava ele ali, mas logo eu também achei graça, mas acabei rindo foi dele, ele era um cara muito engraçado, não ligava pra nada dessas coisas, sempre levava os problemas na esportiva, isso era bom.

-mas então, o que faremos Ricardo, não podemos ficar aqui, vamos lá pra casa, lá pelo menos temos comida, água, abrigo, e podemos ficar lá de boa ate isso tudo passar.

-cara você acha que tudo isso vai passar ?

-é claro que vai, o governo irá andar reforço.

-larga de ser inocente, é cada um por si, você acha que o governo irá se preocupar com a gente? Eles nem sabem que estamos vivos cara.

-então o jeito e ficar aqui e morrer?

-não exatamente, eu não pretendo ficar aqui, e nem morrer, pretendo ir pro shopping e ficar lá um bom tempo, lá tem comida, coisas que podemos usar como arma, remédios, e outra coisa o shopping está fechado, não deve ter esses bichos lá dentro.

-cara não é uma boa idéia pra lá, dizem que lá é um dos locais que eles vão se reunir, eu sei disso porque já havia pesquisado, não é uma boa idéia cara.

-então sua idéia e fica na sua casa, quando acabar a comida, acabar a água, o que você irá fazer?

Eu abaixei a cabeça e fiquei ali pensando por um tempo, não tinha certeza se era aquilo que eu queria, mas ir para o shopping parecia ser algo impossível.

-Ricardo pensa comigo, como vamos chegar até lá?

-andando que não pode ser né vei, tipo assim, eu vou procurar um carro, sei lá, e vamos se mandar pra lá.

-eu não saiu de casa não cara, eu vou pra minha casa, se você quiser ir pode ir, mais pra mim isso parece suicídio cara.

-então você vai pra sua casa e fica lá droga, eu não fico lá nem a pau, não to pedindo pra você ir comigo, eu vou e pronto, se não quiser problema é seu.

Naquela hora eu me levantei do sofá, e olhei ele com desprezo.

-quer saber, tem razão, vai então pro seu shopping, to indo pra casa, não quero morrer atacado por esse bichos não, prefiro morrer lá em casa.

Eu peguei minhas coisas e abri a porta, quando eu estava saindo ele assoviou pra mim e me jogou uma sacola com umas sete bolachas.

-toma ai, você vai precisar.

Eu não disse nada, simplesmente sai fora da casa e fui em direção ao portão, pelo que me situei, a casa onde estava dava de frente ou de lado para um bar que havia perto de casa, mais ou menos uma quadra de distancia.
Eu olhei por cima do muro e dei um checape em volta, para ver se havia jeito deu ir andando normal, parecia não ter muitos bichos não, eu subi no muro e quando fui pular, Ricardo me puxou pelo pé.

-vou contigo ate sua casa, talvez você precise de ajuda pra chegar até lá.

Quando pulei o muro fui direto para trás de um carro que havia na rua, Ricardo meu seguiu até lá, continuamos a andar devagar até uma arvore que tinha logo perto, da arvore já tava pra ver a grande igreja que tinha em frente da minha casa.
Se a gente chegar ate a igreja, poderíamos nos esconder de trás de cada pilar e seguir em frente até chegar na minha quadra, mas o problema era atravessar a rua sem ser notado por aquelas criaturas que a cada dia que passava ficava mais feia, e as ruas estavam fedendo.
Ele foi o primeiro a ir até a igreja, ate ai tudo bem, ele chegou até uma grande escada que tinha e que era um ponto cego, entre a igreja e alguns bichos que havia logo ali perto, daí foi minha vez, também não teve problema, mas meu coração estava quase saindo pela boca.
Ficamos ali por mais ou menos uns 30 segundos observando tudo em nossa volta, minha casa ficava a uns 35 metros dali onde estávamos, eu vi que se andássemos ate lá seria perigoso demais, pois havia alguns mortos ali perto, eu não sabia mais como chegar ate em casa ate que Ricardo teve uma ótima idéia, ma muito perigosa.

-cara eu não vou pra sua casa, eu vou pro shopping, então façamos o seguinte eu chamo a atenção deles saindo correndo de volta pra casa de onde viemos, e você corre pra sua casa, pois eles vão persegui somente eu.

No começo eu achei aquilo uma grande idiotice, mas era a vida dele, se ele queria se matar era problema dele.

-tudo bem, quando você quiser.

-eu vou correr em direção a eles e chamar a tenção deles, e você fique escondido aqui, e quando não tiver mais nenhum no caminho você corre pra sua casa, ta bem?

-ta bem.

-no 3, 1...2... agora Dante

Ele saiu correndo em direção aos mortos, e gritando tacando pedras, e quando aquelas criaturas viu ele, eles começaram a correr atrás dele, ele se virou pra trás e começou a correr em direção a casa de onde saímos, eu vi aquelas criaturas correndo atrás dele, e percebi que aquela era a hora exata para eu correr de volta pra minha casa.
Eu olhei em volta, e todos os mortos estavam no muro onde Ricardo tinha pulado já para o outro lado de dentro da casa, eu comecei a correr em direção de minha casa, quando cheguei no portão peguei minha chave no bolso esquerdo da calça jeans , e abri o portão, quando entrei e fechei corri para a porta de casa, quando consegui abri-la e fechá-la foi um grande alivio, lá estava eu, sentado perto da porta, claro já do lado de dentro da casa.
Agora eu me perguntava como estaria Ricardo, o que ele iria fazer, pois ele não tinha carro por perto, e muito menos sabia aonde iria ter mais daquelas criatura.
Naquele momento eu só conseguia pensar em como seria minha vida dali em diante...

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